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segunda-feira, 16 de abril de 2012

A EXISTÊNCIA DO INEXISTENTE


          “Ao que lhe respondeu Jesus: podes, tudo é possível ao que crê.” (Marcos 9.23)
O Senhor Jesus diz nessa passagem bíblica que a fé é um poder que nasce com o Criador e é estendido à criatura que vive e depende d’Ele. Diante disso, podemos entender porque Abraão, com apenas trezentos e dezoito homens escolhidos, nascidos em sua casa, venceu quatro reis ao mesmo tempo e, mais tarde, dominou o medo de perder o seu único filho, levando-o para oferecer
a Deus em sacrifício.
         Semelhantemente, Moisés se recusou a ser chamado filho da filha de faraó e preferiu trocar a
glória do reinado do Egito pelas dificuldades do deserto.
Esse poder deu também audácia a Josué para ordenar que o sol e a lua ficassem parados por
quase um dia inteiro, até destruir todos os seus inimigos.
        Pela fé, Davi ousou enfrentar Golias, bem como todos os seus inimigos, e venceu a todos;
Daniel não teve medo de descer à cova dos leões e Sadraque, Mesaque e Abede-Nego não se
intimidaram diante do imperador da Babilônia e a sua fornalha, acesa sete vezes mais forte.
      O que mais se pode acrescentar para mostrar o verdadeiro caráter da fé? Foi por causa desse
poder imensurável de Deus que os cristãos enfrentaram a morte, de cabeça erguida, nas perseguições
à igreja primitiva, no primitivo, no período da inquisições, e em tantos outros momentos
de angústia. Assim a Bíblia define a fé: “Ora, a fé é a certeza de cousas que se esperam, a convicção
de fatos que se não vêem” (Hebreus 11.1).
        Essa definição faz apresentar a fé como algo real e palpável, mas ao mesmo tempo invisível.
Assim é a fé. Ela faz crer em algo inexistente no plano da realidade visível e palpável, revelando
as coisas invisíveis, mostrando-as como se fossem objetos concretos. Aí está o grande poder da
fé: trazer à existência as cousas que não existem “Deus que vivifica os mortes e chama à existência
as cousas que não existem” (Romanos 4.17).
       De fato, isso confunde a sabedoria deste mundo, pois contradiz todas as teorias da razão. A
ciência, por exemplo, se fundamenta sobre fatos reais, concretos e visíveis. A fé se baseia na
certeza de algo invisível. Aí está o seu mistério e a sua força. Não é emoção. A única maneira de
se distinguir um sentimento emotivo de um sentimento de fé, e verificar se há certeza absoluta
ou não. Se por acaso houver um mínimo de medo, de preocupação ou dúvida, então não é fé,
mas sim, mera emoção.
    “Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não O conheceu por sua própria sabedoria,
aprouve a Deus salvar aos que crêem, pela loucura da pregação.” (1 Coríntios 1.21).

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